
Por Marco Ryan
Neste último domingo (06), Jair Bolsonaro realizou um ato a favor da anistia dos envolvidos no caso do 8 de janeiro, o protesto aconteceu na avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação reuniu cerca de 45 mil pessoas, junto de apoiadores políticos do ex-presidente, como Tarcísio Freitas (Republicanos), atual governador de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), prefeito da capital paulista, e Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
O ato começou por volta das 14h, e o principal alvo da manifestação foi o Supremo Tribunal Federal, STF, responsável pela prisão de cerca de 225 pessoas que tiveram suas ações consideradas como graves nos ataques golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília. A prisão considerada mais “injusta” pelos defensores da anistia, é a de Débora dos Santos, cabeleireira de 39 anos, que pichou a estátua “A Justiça” com batom utilizando a frase “perdeu mané”. Por conta da sua prisão, Débora e o batom se tornaram um símbolo da direita brasileira.
O ex-presidente, Jair Bolsonaro, está inelegível por conta de abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação próximo às eleições de 2022, e discursou sobre isso na manifestação citando que “eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, é escancarar a ditadura no Brasil”.
Além da inelegibilidade, Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de estado antes e depois das eleições de 2022, segundo a primeira turma do STF, o ex-presidente pode ser condenado pelos crimes de: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima.