
Por Allan Victor
A falta de experiência profissional e a precarização do trabalho têm dificultado os jovens adultos a ingressarem no mercado de trabalho. Embora no ano de 2024 a taxa de desemprego tenha atingido a menor da história em 14 estados do país, o número não refletiu uma perspectiva melhor para quem busca se inserir na primeira ocupação.
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) registrou que no último trimestre de 2024 a taxa de desemprego para brasileiros entre 18 e 29 anos atingiu 10,1%, número que representa mais que o dobro das pessoas que possuem entre 30 e 59 anos (4,5%).
Os mais novos também são os que mais ocupam trabalhos informais. Segundo o levantamento, 38,5% dos jovens inseridos no mercado de trabalho estão na informalidade, dado que cobre 35,9% dos trabalhadores mais velhos. Pesquisadores do instituto destacaram que um dos obstáculos para a nova geração é a falta de habilidades socioemocionais.
Os três cargos mais ocupados pelo grupo são balconistas e vendedores de lojas (1,6 milhão), escriturários gerais (1,6 milhão) e trabalhadores elementares da construção de edifícios (600 mil).
Além do desemprego, as pessoas nesta faixa etária são os que mais pediram demissão de janeiro a fevereiro deste ano. Os pedidos registrados representaram quase metade do total no país neste período.